sábado, 14 de junho de 2014

SETE DIAS NO RIO


Porque hoje é sábado

Desembarco no Aeroporto Internacional do Galeão, por volta das 9 horas da manhã de um dia lindo. Hoje é sábado e comemoro antecipadamente o presente: uma semana inteira para (re) conhecer o Rio, essa cidade amada e, diria mesmo, idolatrada pela grande maioria dos brasileiros. “O Rio de Janeiro continua lindo / o Rio de Janeiro continua sendo...” – canto, baixinho, os versos do baiano Gilberto Gil, imortalizados na canção Aquele Abraço, um hino de amor e exaltação à “cidade maravilhosa”, como o Rio é conhecido nos quatro cantos do mundo.

Vou de Frescão, o ônibus executivo do Aeroporto do Galeão que, pelo preço módico de R$ 13,00, oferece ao visitante um passeio pela paisagem carioca, passando pelo Centro Histórico até desembocar no Santos Dumont, o aeroporto doméstico da cidade, que fica no coração do Aterro do Flamengo – obra fabulosa de arquitetura e paisagismo, ligando o centro da cidade à praia de Copacabana. O Aterro do Flamengo abriga o MAM – Museu de Arte Moderna, o Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial e a Praça Salgado Filho. O pano de fundo dos projetos, assinados pelo arquiteto Affonso Eduardo Reidy e pelo genial paisagista Burle Marx, são a Baía da Guanabara e o Pão de Açúcar, dois dos principais cartões postais do Rio, cuja beleza é de tirar o fôlego.

Do Aeroporto Santos Dumont, o passeio prossegue pelas praias de Botafogo, Glória, Copacabana e Ipanema, onde desço em plena orla, no exato ponto onde a Garota de Ipanema foi eternizada nos versos do imortal Vinicius de Moraes, que uniu definitivamente a poesia à música popular brasileira. Ando pela praia, puxando minha mala, com uma alegria indisfarçável em minha cara de turista. A vida parece sorrir nos olhos dos banhistas que seguem em direção ao mar, na gente bronzeada que corre e anda, a pé e de bicicleta, nos quiosques espalhados pelo calçadão de pedras portuguesas a nos convidar a sentar e apreciar tanta beleza.

Peço um coco gelado e deixo a vista se perder nas brancas espumas do mar, quebrando na praia e na verdura do Morro Dois Irmãos, contornado pela Avenida Oscar Niemeyer, ao final da Praia do Leblon. “Hoje é sábado, amanhã é domingo / A vida vem em ondas, como o mar / Os bondes andam em cima dos trilhos / E Nosso Senhor Jesus Cristo morreu na Cruz para nos salvar”, saúdo o dia, embalada pelos versos de “O Dia da Criação”, de Vinicius, nosso poetinha maior, amado incondicionalmente pelos cariocas e por todos os que amam a poesia, elegem a paixão pela vida e exultam ante a beleza estonteante dessa cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro.


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