Sim, o amor
Um dia,
vi sua imagem
dissolver-se,
grão a grão,
qual catedral de areia
e pude enfim,
pela primeira vez,
viver a vã realidade.
Foi desde então
que aprendi a arte
de tirar leite de pedra,
e recompor-lhe a imagem,
grão a grão.
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
sábado, 15 de outubro de 2011
DIÁRIO DE VIAGEM
Não amor
Compulsão,
insanidade,
vício,
doença incurável,
perigo iminente
como equilibrar-se
face o precipício,
permanentemente
e então deixar-se
cair... cair...
no escuro infinito,
no abismo insondável,
no espaço mítico
sem gravidade,
poço sem fundo,
sem volta,
sem norte,
sem fim,
como se a vida
só se explicasse
no corpo
adverso do
outro,
na gêmea metade,
na face abjeta
do amor
revelada
enfim.
Compulsão,
insanidade,
vício,
doença incurável,
perigo iminente
como equilibrar-se
face o precipício,
permanentemente
e então deixar-se
cair... cair...
no escuro infinito,
no abismo insondável,
no espaço mítico
sem gravidade,
poço sem fundo,
sem volta,
sem norte,
sem fim,
como se a vida
só se explicasse
no corpo
adverso do
outro,
na gêmea metade,
na face abjeta
do amor
revelada
enfim.
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