Sobre o gosto de escrever-te
Viro o tapete para que fique exatamente em frente ao box do chuveiro. Voltar pra casa tem seus rituais. Um dos que mais gosto é exatamente esse – o de repor os objetos pessoais cada um de seu jeito. E um dia, percebendo isso, simplesmente mudar tudo de lugar. Só pra começar de novo, só pra assistir à vida criar-se e se renovar.
A aventura de escrever começa a acontecer, de fato, quando a gente percebe isso. Tudo passa e tudo se renova, pois que a existência é um ciclo – pulsa em mim o sentimento. E logo se dilui, no instante mesmo em que me chamam à mesa de jantar.
Lá fora, desaba um temporal que lava até pensamento – penso, com o peito enxarcado pelo domingo cinzento. Mês de novembro em Brasília é assim mesmo, chove quase sem parar. Quer saber, deixa prá lá. É só pra paralisar o instante e te ver sonhar. Pra teu entretenimento.
terça-feira, 22 de novembro de 2011
domingo, 20 de novembro de 2011
DIÁRIO DE VIAGEM
(des)afogamento
Um dia
Quis fundir
O oco de
Minha alma
Ao corpo
Da alma
Do outro
Mas sua alma
Sua mente
Seu corpo
Formavam
Um único
Solitário
Imensurável
Poço
Sem fundo
De onde
Amiúde
Eu busco
Emergir.
Um dia
Quis fundir
O oco de
Minha alma
Ao corpo
Da alma
Do outro
Mas sua alma
Sua mente
Seu corpo
Formavam
Um único
Solitário
Imensurável
Poço
Sem fundo
De onde
Amiúde
Eu busco
Emergir.
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