quinta-feira, 12 de setembro de 2019

DIÁRIO DE VIAGEM




O sopro
das palavras


Luzes azuis nativas
dos céus do Altíssimo;

Mística Cruz
de Jesus Cristo,
Filho Unigênito;

Língua forjada
no fulgor do caos
original;

Poema-hino,
canto do Espírito
Santo, Santo, Santo;

Tudo o que sei
e não compreendo,

E por isso escrevo,
verbalizo, invento;

Fonte, nascente,
água doce jorrando
infinitamente;

Verbo feito verso
ecoando em mim;

Flor-de-lis,
pondo-me a alma
em frenesi;

Tríduo
de toda palavra
escrita;

Mãos tecendo
o sonho
que se fez;

Ó, Ser total
(esse que vem
antes e depois
do mal),

Sou
porque Sois
ômega e alfa;

Poesia é o dia
amanhecendo
(o sopro
das palavras);

Fiat lux,
fez-se
e acordei.