Subterrâneos
As águas
Dos meus olhos,
Arredias, vertem
E evadem-se
Em nuvens
De estanho.
Quase não caem
Ou umedecem,
Chuvas esparsas,
Vêm e vão entre
Ventos breves.
Veios, veredas,
Pingos d’água,
Só na alma,
Elas crescem
Em rebanho.
As águas
Subterrâneas
Dos meus olhos,
Oceanos.
Amneres, 2021