sábado, 4 de setembro de 2021

Diário de Viagem

 


Subterrâneos


As águas

Dos meus olhos,

Arredias, vertem

E evadem-se

Em nuvens 

De estanho.


Quase não caem

Ou umedecem,

Chuvas esparsas,

Vêm e vão entre

Ventos breves.


Veios, veredas,

Pingos d’água, 

Só na alma, 

Elas crescem

Em rebanho.


As águas

Subterrâneas

Dos meus olhos,

Oceanos.

      

          Amneres, 2021