sexta-feira, 12 de agosto de 2016
Diário de Viagem
Entrenoite
Gosto do cair da tarde,
Quando a luz esvai-se
Em ondas multicores
E odores de orvalho
das árvores e das flores
Entram pelas narinas,
Entre os frescos ares
Da entrenoite.
Hoje é êxtase,
Vida que acontece
Em círculos,
Pois que o tempo
É curvo e tudo
Nasce e morre
E permanece.
Amneres, 11/08/2016
segunda-feira, 23 de maio de 2016
DIÁRIO DE VIAGEM
Listening to Pink Floyd
on monday afternoon
I wish I
was there
Where there
are breeze
And such a
blue sky
Shinning on
Your body and
mine.
I wish I
was there,
My dear
friend,
Walking on
the sand
Wept because
of the waves
Washing your
soul and mine.
I wish I
was there,
Everywhere
our hands
Can touch
each other,
While the
sun dies
On the
ocean,
And all
that beauty
Seduces our minds.
Amneres
23.05.2016
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016
DIÁRIO DE VIAGEM
אוהב
Tentei soprá-la,
Gravá-la em
Ferro e brasa,
Contê-la em cada
Sílaba, no afã
De revelá-la.
Tentei observá-la,
Absorve-lhe o tom
Vermelho,
Espelhar-me
Em seu espelho,
Multiplicá-la.
Tentei
Fazer minha
Sua fala,
E ao pronunciá-la,
Ter todo sentido
A palavra amor
Dita ao seu ouvido.
domingo, 18 de outubro de 2015
DIÁRIO DE VIAGEM
Nebulosa de Hélice (NGC 7293) ou ´Olho de Deus´
|
Centro-Oeste
O olho do furacão;
O olho cego de Lampião;
Os olhos furados de Édipo;
E os olhos de Steve Wonder,
Elétricos, compondo hinos;
E os do sábio Simeão
Velando Jesus menino;
E o olho de Deus – divino -
Colorindo o Centro-Oeste
Aos olhos que umedecem,
Humanos e peregrinos.
O olho do furacão;
O olho cego de Lampião;
Os olhos furados de Édipo;
E os olhos de Steve Wonder,
Elétricos, compondo hinos;
E os do sábio Simeão
Velando Jesus menino;
E o olho de Deus – divino -
Colorindo o Centro-Oeste
Aos olhos que umedecem,
Humanos e peregrinos.
domingo, 16 de agosto de 2015
DIÁRIO DE VIAGEM
Nua e crua, a poesia devora o pé de moleque. E aos visitantes, as batatas. (Visita à exposição CRU, no CCBB, a convite da Tátika Comunicação).
sábado, 4 de julho de 2015
DIÁRIO DE VIAGEM
Com a boca
escancarada
cheia de dentes
Ando brigada
Com o poema,
Acho-o bizarro
Chato mesmo,
Até banal,
Sons abstratos
Vomitando signos
– (in)significantes
Significados –
Inventados,
Reinventados,
Abjetos objetos
Semiológicos
De Saussure.
Ando achando
Tudo isso um saco,
Como disseram Raul
E Paulo sobre
O cotidiano.
O poema é ouro
De tolo – penso,
Sentada no trono
Dos apontamentos,
Despejados em
Folhas e teclados,
Para depois,
Repetir:
Consegui,
E daí?
É só mais
Um verso tosco,
É só mais
Um roto traço
Humano,
ridículo,
limitado,
Enquanto
Jorra a dor
Dentro de mim,
E cercas
Embandeiradas
Ainda cobram
Caro o preço
De existir.
(Inspirado na canção Ouro de Tolo, de Raul
Seixas e Paulo Coelho)
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