Se, por hora, não tens norte
Se, por hora, não tens mar,
Mergulha os olhos na imensidão
Do Paranoá e agradece.
Se, por hora, não tens luz,
Vê e te embebes da luz
Do sol, quando amanhece.
E assiste ao róseo rastro
Vermelho do arrebol
E à clara lua a iluminar-te,
Quando anoitece. Se por hora
Não tens fé, entrega a Deus
Tua não prece, pois certamente
Ele ouvirá. E há de guiar-te,
Como essas velas brancas, o vento,
E o pensamento, a navegar.
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