quinta-feira, 29 de novembro de 2012

DIÁRIO DE VIAGEM


Sobre a grandeza do amor

Mãe,
Perdoa o mau jeito,
O traço imperfeito
De cada um de nós.
Perdoa a fraqueza,
Perdoa o medo,
A palavra áspera,
O desassossego.
Perdoa mãe,
Nossos tantos
Defeitos.

Não desiste,
Mãe, de nenhum
De nós,
Pois somos
Pequenos
Ante a nobreza
De teus sentimentos,
Ante a justeza
De teus pensamentos,
Ante a magnitude
De tua voz.

Em ti, mãe, nos
Reconhecemos,
Em teu colo
Protetor, nos reencontramos
E nos reerguemos.
Nos baques da vida,
Nos tantos reveses
Que por vezes abrem
Profundas feridas,
Quantas vezes, mãe,
Tu nos amparaste,
Pacientemente,
Até que essas chagas
Cicatrizassem.

Por isso, mãezinha,
Maus modos à parte,
Somos dependentes
Do amor incessante
Com que nos moldaste.
Sem ele, secamos,
Como seca o solo
Quente do Nordeste
Ante a estiagem.
Teu amor, mãezinha,
É chuva corrente
Semeando sonhos
No peito da gente.
Em ti nos miramos,
Para sermos melhores
E seguirmos juntos,
Vencendo os percalços
Do tempo presente.

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