Assim caminha a
humanidade
Somente sozinho
O homem se faz
E, por isso, em si,
Dentro de si, ele se basta.
O homem é a tábua
De salvação de si próprio
E do outro, por extensão.
Irmão siamês de si
E de ti, ele te vê
Enquanto o vês,
Em toda extensão
De vossas almas.
Porque nunca é rasa
A cova onde despejais
Dor, ausência, perdição.
O homem é pão e dele
Tu te alimentas e, a ele,
Que de ti retira o substrato
De toda criação.
O homem, sozinho, é
Ao mesmo tempo
Negação e justificativa
De sua existência.
Nasce e morre assim
E sua alma una prossegue
Enfim sua jornada,
Até que reconheça
O que é começo,
O que é estrada,
E o que é fim.
* O título faz homenagem a um clássico do cinema norte-americano de 1956, o último encenado por James Dean, que morreu, aos 24 anos, antes da estréia. Giant, o título em inglês, ganhou no Brasil o título de Assim caminha a humanidade.
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