segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

DIÁRIO DE VIAGEM


Chez moi

Ressoam no quarto os sons harmônicos
de uma canção. O quarto é o colo,
meu aconchego, onde descansa em paz
o coração. A casa, seu sustentáculo,

Abrigo de anos de história, talhados
em cada vão, em cada rosto emoldurado
nas salas da memória. A casa tem alma,
tem batimentos. Eu quase posso ver-lhe

A aura, ouvir-lhe o curso dos pensamentos.
A casa em verdade é imaterial,
embora se realize na concretude

De uma imagem real. Sobre essa imagem
construo sonhos e teço rimas,
para falar de amor e mais vivê-lo ainda.






2 comentários: