terça-feira, 22 de setembro de 2020

Diário de Viagem



Costa, Lúcio e mar


Começo o poema, catando

Folhas brancas em meio 

Às caixas da mudança. 


Dançam, balançam

As anáguas, as lânguidas 

Águas do Lago Paranoá.


Ah, se fosse o mar

A lavar as mágoas,

Até onde a vista alcança!


E tudo que se visse fosse

Outra vez um novo mundo

A desnudar-se ao olhar.


Para sempre, amar, 

Sopram, sussurrantes, 

As brancas vozes do mar.


De dentro de um búzio, 

Enterrado nas entranhas

Desse Lago mítico,


Ecoam os sons idílicos

Da Cidade sonhada

Por um certo Lúcio. 


Costa é o nome que se dá 

Às terras e enseadas,

Às margens dos oceanos.


Sonhar é levar os mares

Aos longes altiplanos.

Poesia é sabe-los lá...


                Amneres

                22/09/2020

Nenhum comentário:

Postar um comentário